Manuela Porto foi uma atriz, escritora, jornalista, crítica de teatro, declamadora de poesia e tradutora portuguesa, conhecida também pelo seu ativismo como defensora dos direitos da mulher e opositora do regime do Estado Novo em Portugal. Sua ficção é marcada pela preocupação social, o que a aproxima do ideário neorrealista, e suas críticas têm forte tom político. Como crítica de teatro e cultura, colaborou nas revistas Vértice, Seara Nova, Mundo Literário e Eva e no jornal Diário de Lisboa. Como tradutora, introduziu importantes obras de várias escritoras, até então nunca traduzidas para a língua portuguesa, tais como Louisa May Alcott, Anne Brontë, Elizabeth Gaskell e Virginia Woolf, sendo-lhe também atribuída a popularização da obra do poeta português Fernando Pessoa através dos seus recitais de poesia. Viveu durante tempos obscuros de Portugal uma vida curta e que acabou de forma trágica. Suicidou-se em 1950 aos 42 anos.